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O Brasil da era Jk

                                 Os desdobramentos de um país em desenvolvimento                                                                 


Em 1945 ao fim da segunda guerra mundial, Getúlio Vargas enfrenta uma oposição decidida a tirá-lo do poder, estabelecendo o regime liberal e democrático no país, com medo de ser derrubado por militares opositores, ele renuncia depois de 15 anos como presidente ,sendo sete deles no comando da ditadura do estado novo, eleições foram convocadas e 6 milhões de brasileiros foram as urnas, o número era bastante expressivo se pensarmos que antes da era Vargas não costumava chegar nem a 1 milhão. O presidente eleito em 1945 foi o general do exército Eurico Gaspar Dutra, era o início de um período na história do Brasil marcado por uma maior participação popular na política nacional pois se tratava da experiência mais democrática vivida até então no país, ao mesmo tempo foi uma época de polarização ideológica e de frequentes inovações das forças armadas na política que não se restringiram a participação popular no processo democrático como no caso da eleição do presidente Dutra, ocorreram também diversas ameaças de golpe unindo setores civis e militares numa sequência que chegou ao ápice em 1964 quando militares instauraram uma nova ditadura no país ainda mais duradoura que a do Getúlio Vargas ,que foi mais uma das causas para o golpe, outras características do período foram; o predomínio e governo considerados populistas, as rápidas transformações econômicas e culturais, sociais e culturais que tinham um forte impacto na vida política do país e a política nacional conhecida como Nacional desenvolvimentismo.



Para entender melhor essa democracia entre duas ditaduras vamos acompanhar como foram as eleições e os governos do período, a chegada ao poder do presidente que representou um momento de maior esperança de um futuro prospero e democrático no Brasil, Juscelino Kubitschek também conhecido como JK, quando general Dutra assumiu a presidência o Brasil tinha acabado de sair d nada menos que 15 de ditadura varguista, em seu governo foi realizado uma assembleia constituinte que definiu como seria o novo regime democrático, mas também houve uma repressão a participação política .

Em 1947 o partido comunista brasileiro foi proibido de participar das eleições e teve seus representantes eleitos cassados, parte das medidas tomadas por Dutra foi o alinhamento geopolítico liderado pelos Estados Unidos afinal a guerra fria estava começando naquele momento, o que também levou o governo brasileiro a romper relações diplomáticas com a União Soviética. Em 1950 o mandato de Dutra chegou ao fim, Getúlio Vargas se candidatou a presidente apenas cinco anos após o seu governo ditatorial sua campanha foi marcada por uma marchinha que dizia “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar”, o verso resume bem sua campanha baseada na lembrança das políticas que Getúlio implementou na época que tinha sido ditador e na valorização do trabalho do trabalhador que tinha sido a principal característica de sua máquina de propaganda oficial e identificação de Vargas com o direito dos trabalhadores,que estava presente inclusive no nome de seu partido o PTB (partido trabalhista brasileiro), no fim das contas ele ganhou com 48% dos votos, graças a seu carisma como “pai dos pobres” construído com a ajuda de uma poderosa máquina de propaganda criada na época que ele foi ditador e também devida a popularidade de algumas de suas políticas, em especial ;a política econômica que vinha permitindo o crescimento a, integração e industrialização do país desde 1930,a garantia legal dos direitos trabalhistas que tinham sido reivindicadas insistentemente pelos operários até a implementação da consolidação das leis do trabalho em 1942,o candidato que ficou em segundo lugar na eleição de 1950 foi o brigadeiro Eduardo gomes que por acaso foi quem deu o nome para o nosso famoso brigadeiro, o partido do brigadeiro se chamava UDN ( união democrática nacional).


O PTB e a UDN na época os principais polos da disputa política no Brasil, tendo o trabalhismo identificado com os governos de Getúlio Vargas com um papel ativo do Estado, com legislação do trabalho e com o sindicalismo que na ditadura de Vargas havia em grande parte se submetido ao seu partido no outro polo o udenismo era identificado com a liderança do jornalista Carlos Lacerda ,com a oposição sem trégua com Getúlio Vargas seu aliado e herdeiro político, com a defesa de política econômicas liberais e com o anticomunismo. Entre 1945 1964 a UDN esteve afrente de algumas tentativas de impedir a posse ou derrubar governos ligados ao PTB, por meio da intervenção dos militares. O primeiro desses episódios resultou no suicídio do residente Getúlio Vargas em 1954, seu suicídio foi um momento de um longo conflito que se polarizava, trabalhismo versos udenismo.

No ano seguinte ao suicídio de Vargas, Juscelino Kubitschek foi eleito como presidente, com o apoio do PTB neste caso, a campanha que conquistou o eleitorado, prometia um avanço rápido do Brasil para uma condição de país desenvolvido, seu slogan era “50 anos em 5”, pois a promessa era de acelerar as transformações que vinham ocorrendo no país que se industrializava, organizava e se modernizava. Com a vitória a promessa se converteu na aplicação de um plano de metas, que continha 30 objetivos a serem atingidos em cinco áreas; educação, agricultura, transporte, energia e indústria. A educação e a agricultura foram as áreas que menos se desenvolveram mas o impacto foi muito grande nas outras ,a geração e distribuição de energia avançou rapidamente com a construção de grandes hidrelétricas incluindo a de Furnas em Minas Gerais, o que permitia tanto a aceleração do crescimento industrial ,quanto a expansão do mercado consumidor interno já que a eletricidade rapidamente se incorporando ao cotidiano de grande parcela da população ,os transportes também avançaram muito com a construção de estradas cortando o país de norte a sul de leste a oeste , mas a característica mais importante da política de JK para os transportes foi a opção pela construção de rodovias deixando de lado as ferrovias e as hidrovias.

Havia diversas razões para isso, como, por exemplo, o menor custo de abertura de estradas se comparadas com o preço das ferrovias, mas a opção foi fruto principalmente de uma escolha feita para beneficiar um setor da indústria, que se desenvolveu rapidamente durante o governo JK, a indústria automobilística que contava com montadoras de empresas estrangeiras especialmente norte americanas, mas também gerou novas oportunidades para os empresários brasileiros, quer dizer a opção pelas estradas e não pelas ferrovias e hidrovias era uma opção pelo capital norte americano pelo estilo de vida que os Estados Unidos vendia ao mundo, um estilo de vida que naquele momento era muito ligado ao automóvel, a indústria automobilística se instalou principalmente em São Paulo mudando a cara e o ritmo da cidade, além da fabricação de automóveis, que a própria opção pela rodovia promovia, também deu resultado no governo de JK o investimento na fabricação de bens de consumo ,ou seja ,as novas mercadorias que passavam a fazer parte do dia a dia da população ,como geladeira ,fogão a gás, chuveiro elétrico. E não menos importante a indústria de base, que produz matéria prima para outras indústrias, tornando possível viabilizar novos setores da produção, por exemplo a metalurgia que produz o ferro mais barato para uma fábrica de panelas.

Além dos 30 objetivos em cinco áreas diferentes, o plano de JK tinha uma meta que simbolizava a realização de um de um país moderno e desenvolvido, era a construção da nova capital Brasília, com seus ousados projetos urbanísticos e arquitetônicos.








Falar sobre política no Brasil nunca foi uma tarefa fácil principalmente estando em um âmbito estudantil, este tema aborda tantos problemas que a população desenvolveu um ‘’escudo’’ o isolando quase como um assunto proibido, como é dito no famoso ditado popular “política não se discute”. Não se informar ou mesmo não querer se envolver na história do próprio país, destrói a capacidade do cidadão de formular um pensamento crítico, os transformando em marionetes sem voz.
 Como o educador pode trazer cor a esses assuntos cinzas?
Diversos vídeos espalhados pela internet mostram como aprender história pode ser apaixonante e interessante, meios divertidos como jogos e filmes também podem ser utilizados. Vivemos em uma era digital onde a fonte de informação se encontra em uma tela luminosa, somos seres multáveis e de fácil adaptação, usar esta nova ferramenta a favor da educação tornara as aulas de história muito mais interessantes resultando em uma melhor interação e de real interesse.




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Autora do Post
Lorena Pereira
Universidade Estácio de Sá
Licenciatura em História

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